Boletim CH#18 ☘️ Você provavelmente conhece alguém que já usou cannabis
Pesquisa inédita revela que 30% dos brasileiros já experimentou cannabis pelo menos uma vez na vida
Oiê, tudo bem, moçada?
Por aqui tudo uma loucura!
Nos últimos dez dias vivi uns três anos. Mucho loco! Basicamente tomei muito avião, vivi muita emoção, e quando voltei pra casa, um vulcão em erupção me recebeu. Primeira vez em 50 anos uma atividade vulcânica em terra. Eu fiz o que? A única coisa possível, trabalhar na cobertura. Neste link você pode ver uma colaboração minha com a TV Band atualizando a audiência sobre a erupção e o que esperar dela.
Mas, pera lá, não é que eu vou me especializar em vulcão e abandonar a cannabis, foi só “uns bico” rs. Voltando à programação normal, publicamos na nossa coluna no Poder360 uma pesquisa inédita com exclusividade, colocando em números colhidos e analisados em julho deste ano, quantos brasileiros usam ou já usaram cannabis. E você provavelmente conhece alguns deles.
Estamos de olho no assunto do momento, as redes sociais na censura de marcas e prestadores de serviços que têm suas contas suspensas sobretudo pelo Instagram que sequer explica aos donos das contas o motivo. Este artigo dá umas ideias de como recuperar a sua conta quando ela for banida.
Bora de news!
☘️ Agência mundial antidoping revisará o status da cannabis
>>> Sempre um sofre primeiro para que as coisas mudem para os demais, né? Depois de vetar a participaçãp de Sha'Carri Richardson nos Jogos Olímpicos em Tóquio, a Agência Mundial Antidopagem (WADA) informou na semana passada que revisará o status da cannabis em sua lista de substâncias proibidas depois de receber vários pedidos de revisão de suas políticas pelo episódio polêmico envolvendo a velocista. Após uma reunião do comitê executivo da WADA em Istambul, o órgão antidoping mundial afirmou que uma revisão científica da cannabis ocorrerá no próximo ano, embora tenha informado também que ela seguirá proibida em 2022. O presidente da Federação Internacional de Atletismo, Sebastian Coe, está entre os que endossaram os pedidos de revisão da cannabis e disse que a revisão é bem-vinda, já que nada é definido em pedra. “Você se adapta e ocasionalmente você reavalia.”
☘️ Universitários estão consumindo cada vez mais cannabis e menos álcool
>>> Cannabis universitária não é um estilo de música, mas uma tendência entre os estudantes universitários dos EUA. O uso da substância entre os jovens atingiu um recorde histórico em 2020, enquanto o uso de álcool foi reduzido, mostrou um novo estudo. Nos últimos cinco anos, de acordo com as pesquisas "Monitorando o Futuro" do Instituto Nacional de Abuso de Drogas, o uso de cannabis vem aumento entre jovens americanos. Ao passo que o consumo de álcool mostrou diminuições a partir de 2019. As mudanças no uso de substâncias ocorreram quando o Covid-19 forçou os estudantes universitários ao distanciamento social, aulas online e uma versão geral silenciosa da vida normal no campus. A pandemia "mudou drasticamente" a maneira como estudantes universitários e jovens interagem uns com os outros, disse Nora D. Volkow, diretora do Instituto Nacional de Abuso de Drogas, mas não está claro se essas mudanças no uso de drogas se manterão.
☘️ Itália cada vez mais perto da legalização
>>> Em breve, os italianos poderão cultivar até quatro plantas de cannabis em casa. Assim decidiu a Comissão de Justiça da Câmara dos Deputados. A medida será submetida a emendas e depois votada em plenário pelos 630 deputados do Palazzo Montecitorio. O país já tem uma legislação bastante favorável à cannabis, uma vez que a cannabis medicinal é autorizada, assim como o CBD com 0,6% de THC. “Cultivar cannabis em casa é essencial para quem precisa usá-la terapeuticamente. Também é importante no combate ao tráfico e à economia clandestina ”, defende o relator do projeto, o deputado (M5E) Mario Perantoni. Outro passo importante dos italianos em direção à legalização da erva é o provável referendo que deve acontecer no ano que vem, depois que os grupos de campanha no Facebook conseguiram reunir as 500.000 assinaturas necessárias em apenas uma semana. Referendos populares podem ser convocados na Itália se 500.000 assinaturas forem obtidas e os ativistas conseguirem obter a quantidade necessária muito antes do prazo final de 30 de setembro.
☘️ Usuários de cannabis têm mais chance de sofrer um ataque cardíaco… será mesmo?
>>> Uma manchete recente da CNN dificilmente poderia ter sido mais alarmante: “Os consumidores jovens adultos de cannabis têm quase o dobro de probabilidade de sofrer um ataque cardíaco, mostra a pesquisa”. Mas foi isso que a pesquisa descobriu? Um olhar mais atento para o estudo traz mais perguntas do que respostas. A CNN informou que o estudo publicado há alguns dias no Canadian Medical Association Journal concluiu que adultos com menos de 45 anos que relataram uso frequente (mais de quatro vezes) nos 30 dias anteriores sofreram quase o dobro de ataques cardíacos que seus pares que não usam cannabis. O estudo em si não é tão rígido em suas afirmações, como a manchete da CNN faz o leitor acreditar. Os pesquisadores escreveram que o estudo fornece evidências de que pode haver uma associação entre o uso recente de cannabis e uma história de infarto do miocárdio em adultos jovens, e que “aumentar o uso de cannabis em uma população de risco pode ter implicações negativas para a saúde cardiovascular. ” Um aspecto do estudo que não foi abordado no relatório da CNN é o fato de que os pesquisadores descobriram que fumar maconha era de longe a forma mais popular de consumo (76,3%) e sim, os ataques cardíacos foram associados ao fumo de maconha, mas outros métodos de ingestão, como vaporização e comestíveis, não se correlacionaram significativamente com os ataques cardíacos. Além disso, os resultados do estudo vieram de uma pesquisa auto-relatada e não de um estudo médico real, e que havia 4.610 fumantes de maconha entre 33.173 participantes. Este não é um número pequeno, mas considerando que há milhões de usuários frequentes de cannabis em todo o mundo, também não é uma amostra grande. Além disso, a diferença quantitativa entre os usuários de cannabis que tiveram ataques cardíacos - 1,3% - e 0,8% de não usuários que tiveram ataques cardíacos foi pequena o suficiente para estar dentro da margem de erro de quase qualquer pesquisa. Também observam que não coletaram dados sobre o uso de cocaína e outras substâncias ilícitas, a composição química dos produtos de cannabis usados pelos entrevistados. Vale estar atento à informação, mas não “priemos cânico”.
☘️ Controvérsias do tratamento da dor crônica com cannabis
>>> Por um lado, estudo publicado na revista BMJ diz que a cannabis medicinal pode ser uma terapia útil para algumas pessoas que têm dor crônica, mas é improvável que valha para a maioria dos pacientes. Por outro, uma publicação da revista Experimental and Clinical Psychopharmacology afirma que o uso de cannabis a longo prazo oferece melhorias sustentadas em pacientes que sofrem de dores crônicas. No primeiro caso, devido aos dados limitados, as diretrizes não recomendariam o uso medicinal de cannabis fumada ou vaporizada. No segundo, uma equipe de pesquisadores afiliados à Harvard Medical School e ao McLean Hospital em Boston que avaliou o uso de cannabis em pacientes com dor crônica durante um período de seis meses, relatou melhorias na dor que foram acompanhadas pela melhora do sono, humor, ansiedade e qualidade de vida. Nós, sinceramente, não sabemos o que opinar. Trazemos a info e seguimos de olho em novos estudos que possam esclarecer a questão.
☘️ Nada de médico, os maiores responsáveis por prescrever cannabis são os budtenders
>>> Como, exatamente, os trabalhadores das lojas de cannabis fazem recomendações de produtos aos clientes? Essa pergunta foi a base de um estudo publicado quarta-feira no JAMA Network Open liderada por pesquisadores da Universidade de Pittsburgh que lideraram um estudo transversal com pessoas que trabalhavam em uma loja de cannabis e que conversavam com os clientes sobre suas compras. A pesquisa com 434 entrevistados, entre eles budtenders, gerentes e farmacêuticos, de 351 dispensários foi realizada entre fevereiro e outubro de 2020 e perguntou especificamente aos que participaram sobre suas abordagens para “formular recomendações de clientes e falar com os clientes sobre os riscos”. Cerca de 74% dos entrevistados disseram que fizeram suas recomendações aos clientes com base na "condição médica" do comprador, enquanto 70% disseram que foram baseados nas experiências de outros clientes e 63% relataram que foram baseados na experiência anterior do cliente com cannabis. “A maioria dos entrevistados aconselhou rotineiramente os clientes sobre armazenamento seguro e efeitos adversos comuns, mas poucos aconselharam os clientes sobre transtorno do uso de cannabis, abstinência, risco de colisão de veículos motorizados ou reações psicóticas”, destacaram os pesquisadores.
☘️ Alto teor de THC em plantações de cânhamo pode gerar prejuízo aos produtores
>>> Um novo estudo descobriu que variedades de cânhamo industrial com alto teor de CBD comercialmente disponíveis podem conter níveis ilegais de THC, o que pode colocar em risco o trabalho dos cultivadores de cânhamo. A descoberta dos pesquisadores da Universidade da Geórgia publicada no Frontiers in Genetics em julho alertou os produtores de cânhamo do CBD sobre cepas de cânhamo não confiáveis que podem colocá-los em risco de cultivar plantações ilegais de cânhamo. Cânhamo quente, ou safra quente, é um termo para definir o cânhamo com um nível de THC acima de 0,3%, o limite legal que regula a cadeia de abastecimento do cânhamo no nível federal dos EUA. O cultivo de safras quentes pode causar enormes perdas, inclusive de tempo, para os produtores. Ao reconhecerem as safras que contêm níveis de THC mais altos do que 0,3%, os agricultores terão que destruí-las ou terão maiores problemas. Os pesquisadores levaram em consideração 22 cepas industriais de cânhamo disponíveis comercialmente, geralmente usadas para produzir produtos de CBD. Cepas com alto teor de CBD e outros canabinóides não psicoativos, incluindo CBG e CBN eram a menina dos olhos de muitos agricultores e empresas que estão agora preocupados. Já que o relatório concluiu que o mercado atual para variedades de cânhamo com alto teor de CBD não é exatamente confiável, tornando as compras arriscadas para os produtores.
☘️ Indígenas norte-americanos se unem para criar a maior plantação de cannabis do mundo
>>> Na quarta-feira, a Native American Cannabis Alliance e a Everscore anunciaram a assinatura de três memorandos com fazendeiros indígenas da Nação Mohawk, Cheyenne e das Nações Tribais Arapaho. Os acordos inovadores irão transformar os mais de 500.000 acres de terras tribais em plantações de cannabis. Isso incluirá serviços agrícolas, a criação de um campus industrial para processar cannabis e o desenvolvimento da força de trabalho para a criação de produtos que serão vendidos pela internet. Uma oportunidade histórica para as Primeiras Nações trabalharem juntas para moldar o futuro da indústria e fornecer soberania às suas comunidades. Os agricultores indígenas se tornarão parte de um ecossistema sustentável, competitivo e equilibrado. Isso beneficiará as comunidades, famílias e gerações futuras dos índios americanos. Além disso, eles serão capazes de resgatar seu legado no cultivo da terra e fornecer benefícios e oportunidades sustentáveis para toda a comunidade.
☘️ Sativa, indica e híbrida querem mesmo dizer alguma coisa?
>>> Nos dispensários de cannabis, os produtos são geralmente anunciados pelo tipo de planta: indica, sativa ou híbrida - e pelo nome da cepa, como Green Kush ou Blue Dream. Sabe-se que as cepas de indica têm um efeito relaxante e corporal, as cepas de sativa tendem a uma euforia enérgica e os híbridos ficam no meio disso. No entato, buscar cepas com base nos rótulos "indica" e "sativa" ou pelo nome da cepa não é uma maneira confiável de encontrar a erva que você quer devido ao cruzamento de plantas e à falta de patentes na indústria. Ao testar essas cepas, os pesquisadores da empresa Confident Cannabis descobriram que rótulos como "indica" e "sativa" não combinam com a composição química e os efeitos pretendidos de nenhuma cepa, devido à composições químicas completamente diferentes. Os pesquisadores criaram uma ferramenta de visualização 3D para mostrar quais cepas nos EUA são molecularmente semelhantes e podem provocar efeitos semelhantes quando consumidas. O comércio tem interesse em manter as coisas como estão do jeito mais simples possível para os consumidores, que muitas vezes chegam aos dispensários sem conhecimento de cannabis. Especialistas recomendam pesquisar cepas com base nos efeitos que você deseja sentir, em vez de depender apenas dos rótulos.
☘️ BMW aposta no cânhamo para reduzir emissão de Co2
>>> Buscando reduzir reduzir as emissões de carbono na fabricação e uso de seus carros, a BMW aposta que o cânhamo pode desempenhar um papel mais importante e ven usando cânhamo há alguns anos, por exemplo, no revestimento de painéis de portas de seu i3 elétrico. E isso não parece ser apenas um hippice de quem abraça uma árvore para atrair o consumidor ecologicamente correto; mas também uma maneira de tornar o veículo mais leve. O cânhamo e outros materiais vegetais estão recebendo mais atenção, com a empresa afirmando que está intensificando sua luta contra as mudanças climáticas e reduzirá drasticamente o Co2 por veículo até 2030. “BMW Group e seus parceiros desenvolveram sistematicamente o uso de fibras como cânhamo, kenaf e linho, fornecendo-lhes estruturas de treliça de fibra natural”, diz a empresa. “Graças a essas estruturas de suporte, é possível manter suas propriedades mecânicas e evitar o acréscimo de peso com a redução da quantidade de material necessária”, afirmou a empresa em nota.
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Pronto, gente, vamos ficando por aqui. Mas, antes, dá uma olhada nesse tarot inspirado na cannabis, fofura demais. Precisando hidratar os lábios? Aqui uma receita caseira de hidratante labial a base da erva. E para finalizar, esta matéria que conta como uma estrela sueca do pop está investindo em bebidas infusionadas com cannabis, entre elas o mate, clássico dos pampas agora em versão ainda mais verde.
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anita_cannabis hoje