Boletim CH#6 ☘️ NY se torna o 15º Estado a legalizar a cannabis recreativa nos EUA
E você pode se tornar um dos primeiros a nos seguir no Instagram: abrimos uma página por lá ~@cannabishoje~ com notícias quentinhas, vem!
Oi, pessoal,
Tudo bem por aí? Acho que não muito, né? Se vivemos todos no mesmo planeta e se mais precisamente, somos brasileiros, difícil tar tudo bem. E tudo bem se tudo tá bem também, haha, não resisti.
Estamos todos ansiosos, confusos, cheios de ideias e ao mesmo tempo meio paralisados, esperando que o dia seguinte traga melhores notícias. É para isso que estamos trabalhando :) para trazer boas novas e abrir horizontes. Aproveitemos a chance de conhecer a nós mesmos e também de nos aprofundar naquilo que chama a nossa atenção.
E se a cannabis chama a sua atenção, você está no lugar certo. Por aqui, estamos otimistas com os relatos de vocês compartilhando com a gente a experiência de um primo, um amigo, pai ou mãe com a cannabis, quase sempre superando expectativas e melhorando sua qualidade de vida.
Caso da Jayna Pooley, que perdeu a capacidade de andar aos 32 anos, depois de muito trabalhar nas indústrias florestal e pesqueira, e finalmente encontrou a cannabis, que segundo ela, a ajudou a voltar a andar. Ela agora é a feliz proprietária da Top Hat, um dispensário de venda da erva.
Ah! Abrimos uma conta no instagram. Vai lá: @cannabishoje.com que tá bem legal. Veja se você concorda. Achamos melhor enviar por aqui um máximo de 10 notícias por boletim -na moral, quem tem saco pra ler mais de dez notícias de um mesmo tema? Eu sei, eu sei, também sou assim- só que, óbvio, que tem muito mais assunto e o jeito de escoar essa produção, aproveitando para estar, ao mesmo tempo, mais presente no seu dia a dia, foi criar essa página no instagram. Esperamos que gostem <3
É isso. Bora lá?
☘️ Todo orgulhoso, como se auto-definiu em discurso, o governador de Nova York, Andrew Cuomo, sancionou talvez o projeto mais esperado de legalização da cannabis nos EUA e o 15º deles a aprovar seu uso recreativo.
De quebra, prometeu distribuir a receita do imposto de cannabis para fins de igualdade social, o que por si só já é um reconhecimento -ou, como a gente gosta de dizer, uma autocrítica- e tanto.
Os ganhos esperados, em cinco anos, são de mais de quatro bilhões de dólares e a criação de 30 a 60 mil empregos, fora que o Cuomo fica bem na fita com os legisladores que poderiam votar contra ou a favor dele em um processo de impeachment.
Tudo isso e muito mais num panorama completo sobre a legalização da cannabis em Nova York que o jornalista Ryan Bort traçou na Rolling Stone. Tá 10. Nunca é tarde para um: toca aqui, Bernie Sanders 🙌🏾
☘️ Quem aposta que a legalização a nível federal da cannabis nos Estados Unidos está em vias de acontecer, parece estar certo. O líder da maioria no Senado americano, Chuck Schumer, publicou há poucos dias o vídeo de uma conversa com outros dois senadores concordando que já passou da hora de acabar com a proibição federal da cannabis e desfazer os danos provocados pela guerra às drogas.
E fez um importante aceno à comunidade negra, que até agora foi a mais prejudicada nessa guerra: “não queremos que as grandes empresas de tabaco e as grandes empresas de bebidas alcancem e assumam o controle. A legislação que temos vai garantir que as empresas menores, empresas em comunidades de cor, obtenham a vantagem, porque as comunidades de cor pagaram o preço por décadas”.
☘️ Todo esse avanço paras as bandas de lá não quer dizer que tudo sejam flores nos Estados Unidos. O governo federal demitiu cinco empregados por uso de cannabis no passado. Por quê, como é que pode? Se ainda por cima entre os demitidos tem gente de Estado onde a cannabis é legalizada. Tá passando vergonha o Joe Biden.
☘️ O doutor Dave Hepburn, que atuou como médico de família por mais de 30 anos no Canadá, confirma o que já dissemos: o consumo de THC é seguro em adultos maiores de 22 anos de idade, que é quando o indivíduo atinge sua maturidade física.
E é todo elogios quando se trata do uso de cannabis pela população idosa, destacando o poder regenerativo dos canabinóides que, absorvidos pelo sistema endocanabinóide, recuperam neurotransmissores envelhecidos e criam novas conexões.
Um dos exemplos desse fenômeno são os Estados americanos onde a cannabis foi legalizada, que notaram melhorias no quadro geral de saúde de pessoas mais velhas e inclusive a volta ao trabalho de pessoas com mais de 50 anos que sentiram a melhora de diversas condições, como controle da dor, artrite, insônia e ansiedade. Não é milagre, é ciência.
☘️ Pesquisadores da Universidade de Oregon, nos EUA, estão debruçados sobre dois produtos exclusivos do Estado: gado e cânhamo. Ao receberem uma doação de 300 mil dólares de um braço do Ministério de Agricultura, abriram uma frente de estudos sobre a alimentação do gado com biomassa de cânhamo, o que pode ser uma alternativa a soja.
O desafio é descobrir como se pode tirar o máximo proveito de sua nutrição e propriedades medicinais potenciais para melhorar a saúde animal e a qualidade dos produtos de origem animal.
☘️ Apesar do boom dos cursos e workshops de especialização em cannabis e formações livres sobre o tema pipocarem, sobretudo, desde a pandemia, é fundamental que os cursos de medicina atualizem sua grade de ensino oferecendo formação completa sobre essa planta -que vem provando sua importância farmacológica dia após dia- e sua interação com o sistema endocanabinóide.
Uma pesquisa recente publicada na Drug and Alcohol Dependence, revela que 84% dos médicos em residência nos EUA não receberam qualquer formação sobre cannabis. Um número crescente de pacientes de cannabis acaba encontrando médicos com pouca ou nenhuma educação formal, treinamento ou experiência clínica, o que os torna mal preparados para ajudar seus pacientes a lidar com o tratamento de condições específicas com cannabis, incluindo aconselhá-los sobre dosagem e possíveis interações medicamentosas.
☘️ A gente acredita que é muito importante falar sobre como as mulheres são fundamentais na luta pela regulamentação da cannabis. Porque para começar, no Brasil, ela teve início lá atrás, em 2013, quando uma mãe que tratou sua filha, portadora de uma síndrome rara, constatou os benefícios do tratamento e compartilhou isso com mais e mais pessoas.
Em seguida, muitas outras mães foram se unindo ao movimento de legalização da cannabis para fins terapêuticos e, graças a elas, estamos vários passos à frente hoje em dia. Assim, de cara, três mulheres que nós, pessoalmente, seguimos e adoramos: Viviane Sedola, da Dr Cannabis, a sra. Paula Dall’Stella e a Cidinha, da Associação Cultive. Mas, ó, selecionamos esse artigo da Mestre em Sociologia, Monique Prado, que não só abrange lindamente o tema, como também contextualiza questões sociais e raciais intimamente ligadas à cannabis. Vale, mas vale demais.
☘️ Os mexicanos, meus amigos, os mexicanos têm cojones! Um grupo de militantes pela legalização da cannabis no país montou um acampamento improvisado com barracas de camping e estruturas de lona e madeira com cultivos da erva em frente ao prédio do Senado.
Há um ano, o grupo formado por centenas de participantes ocupa uma das principais entradas do edifício público em forma de protesto pela demora na aprovação de uma legislação que permita o uso recreativo da planta e o cultivo individual e coletivo, além da venda em um mercado regulamentado.
Se tudo correr como esperado, no fim de abril a ocupação deixará o local após a chancela do presidente Andrés Manuel López Obrador sobre o projeto de lei aprovado pela Câmara. Já pensou se a moda pega no Brasil? Longe de mim dar ideias...
☘️ Somos completamente apaixonados pelo trabalho do Drug Science, que semana passada levantou uma discussão para lá de importante: a distribuição pelo sistema público de saúde do Reino Unido de medicamentos de cannabis a crianças que sofrem de epilepsia.
Eles citam o caso do medicamento Zolgensma, que mesmo sem estudos clínicos suficientes foi aprovado e disponibilizado gratuitamente para o tratamento de bebês que sofrem de uma condição neuromuscular extremamente rara chamada Atrofia Muscular Espinhal. Ah, detalhe, esse medicamento gera um custo de mais de 2 milhões de dólares por tratamento.
Atualmente, os custos anuais para tratamentos de crianças com epilepsia disponibilizados no sistema de saúde pública são de 100 mil libras por ano. O tratamento com cannabis medicinal geraria um custo muito menor, estimado em 35 mil libras por ano e ainda assim não foi aprovado com a desculpa que não há ensaios clínicos suficientes para abraçar a ideia.
Mas se os distúrbios pediátricos raros podem ser tratados com novas intervenções farmacológicas eficazes, não é oportuno que os legisladores considerem apoiar o caso dessas crianças gravemente doentes com base em evidências e resultados clínicos relatados por pais e médicos, tal qual aconteceu no caso do Zolgensma?
☘️ Mais de 20 mil pessoas no Reino Unido são portadoras do CanCard, um cartão emitido pelo sistema público de saúde, que justifica o porte de cannabis mesmo sem receita médica em caso de batida policial, evitando que recebam uma multa ou pena de prisão de cinco anos por comprar cannabis para uso medicinal.
Estima-se que mais de um milhão de pessoas se automedicam com cannabis e apenas uma centena delas recebeu receita do sistema público de saúde do Reino Unido, assim foi que o CanCard ganhou status respeitável no Conselho Nacional de Chefes de Polícia, que afirmou que os policiais foram informados sobre os cartões.
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Beijos e abraços,
Anita_Cannabis Hoje