Cannabis Hoje #62 ☘️ E daí que o Elon Musk usa drogas?
a festa da maconha na tailândia | mdma vai virar remédio | ufc agora é amigo da cannabis e mais
Olá, olá, tudo bem por aí?
Ufa, que bom que passou natal, ano novo! Dá uma descompressurizada boa, né? Fim de ano, não tem jeito, tou sempre mais borocochô. Fora aquela sensação de marcha lenta quando o que eu mais quero é acelerar… só que é impossível, porque o mundo todo tá com o pé no freio.
Maravilha que já é 2024, e eu já tou acelerada de novo. E mais ainda. Na próxima edição da news eu te conto com detalhes.
Enquanto isso, vem comigo que logo abaixo já tem uma novidade ;)
Ah, pra quem ainda não me conhece, fiz esse post pra contar quem está por trás do Cannabis Hoje…
e antes de mais nada, envia essa news praquele amigo que você sabe que vai curtir ficar bem informado sobre cannabis e psicodélicos
os segredos do ramo
aquele papo descontraído e super informativo com os profissionais de maior destaque no mundo canábico
*colagem de Ste Sangi
» estamos em plena produção para a 2º temporada de Segredos do Ramo, a série de podcasts sobre empreendedorismo e negócios em cannabis, do Cannabis Hoje Pod \o/
» tou montando a lista de convidados e super aberta a sugestões de nomes que você adoraria que eu entrevistasse. pode me contar aqui nos comentários ou por e-mail, no cannabishoje@gmail.com
enquanto isso, você encontra a 1ª temporada completa na sua plataforma de áudio preferida e também no Youtube
escrevi por aí
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DROGA OU REMÉDIO? MDMA EM VIAS DE VIRAR MEDICAMENTO
Ao que tudo indica, o MDMA vai virar remédio nos EUA e, em seguida, também no Brasil.
Há poucos dias, a MAPS (Multidisciplinary Association for Psychedelic Studies) registrou pedido de autorização da substância no FDA, para psicoterapia assistida pelo psicodélico (empatógeno não clássico).
Depois de seis estudos de Fase 2, e dois de Fase 3 bem sucedidos, ainda em 2024 é provável que já vejamos os primeiros pacientes sendo tratados com a substância para TEPT (estresse pós-traumático) nos EUA (na Austrália, isso acaba de acontecer).
A melhor notícia para os psicodélicos em 2023 também anuncia um monte de desafios pela frente para os EUA. E para os players psicodélicos do Brasil também!
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O ANO AGRIDOCE DA CANNABIS
Sejamos realistas, 2023 foi um ano agridoce para a cannabis no Brasil, com avanços e retrocessos bem marcados.
As várias propostas de Lei de inserção da cannabis no SUS em praticamente todos os estados do país, e a discussão da descriminalização do porte de maconha foram o ponto alto de um ano que também tocou fundo o poço da hipocrisia quando da proibição da importação das flores de cannabis para tratamentos médicos.
Apesar dos pesares, o horizonte para 2024 é animador. O ano que vem (que começa em três dias) deve catalisar os resultados dos pequenos avanços que fomos colecionando ao longo de 2023.
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O PRÓXIMO HYPE PSICODÉLICO
Dentre as várias substâncias psicodélicas já catalogadas e sob constante análise, a ibogaína será a próxima a catalisar as atenções, criando um hype que já começa a se apresentar em várias partes do mundo.
Isso porque a ibogaína, raíz de origem africana, é super potente, especialmente no tratamento contra o vício em opioides. São vários os relatos de caso em que são necessárias pouquíssimas sessões (às vezes apenas uma) para "resetar" o paciente que tentava abandonar o vício há anos ou décadas.
No Brasil, sua aplicação está permitidae para entender melhor o status da substância no Brasil e no mundo, conversei com a sumidade no assunto, o médico Bruno Rassmusen, que trabalha há quase três décadas com a planta.
Durante o Psychedelic Science, evento mais importante da psicodelia, produzido pela Multidisciplinary Association for Psychedelic Studies (MAPS) no meio do ano passado, a ibogaína ganhou destaque entre palestrantes e ouvintes. Outro fator que indiga a ibogaína como próximo hype da ciência psicodélica é a quantidade de estudos em desenvolvimento com a substância.
Tanto, que o DEA fez no ano passado um chamamento para que mais quantidades da substância sejam fabricadas nos EUA, quintuplicando a quantidade produzida por lá em 2022. E se não bastasse, há alguns meses, o estado norte-americano de Kentucky anunciou um fundo de mais de R$ 200 milhões para estudar a ibogaína em parcerias público-privadas.
Os resultados desses estudos vão ajudar a definir se a substância será legalizada nos EUA ou se os estaduninses terão que seguir viajando a países como Brasil, Colômbia e Nova Zelândia para ter acesso ao tratamento com ibogaína.
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E DAÍ QUE O ELON MUSK USA DROGAS?
Nunca imaginei que um dia fosse defendê-lo, but...
Não dá pra ficar calada só observando jornais do mundo inteiro acusando o rapaz de usar drogas e relacionando isso a uma conduta errática que, segundo esses veículos, poderia colocar em risco não apenas os negócios do empresário como também o governo americano e, em última instância, os norte-americanos.
Estamos perdendo a oportunidade de debater sobre essas tais substâncias e seus efeitos, tão diferentes entre si, tão complexas e por isso mesmo TÃO INTERESSANTES.
Fumar maconha ou usar psicodélicos não torna o bilionário menos capaz que outros executivos com hábitos etílicos, afinal, drogas são drogas independente de seu status legal.
Por que será que ainda tem gente polemizando sobre o uso de determinadas drogas enquanto essas mesmas pessoas não perdem um happy hour nem
abandonam o costume de harmonizar o jantar com um bom vinho?
A quem interessa manter esse véu de desinformação a respeito das substâncias psicotrópicas? A mim interessa investigar, debater e comunicar os contextos sociais e científicos das drogas. Vem comigo?
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ACABOU A FESTA NA TAILÂNDIA?
Nada disso.
O processo de legalização da cannabis na Tailândia vai muito bem, obrigado. Se não acredita, é só visitar um dos 7 mil dispensários da erva no país. Ou perguntar para os empresários que compraram ao menos uma das mais de um milhão de licenças concedidas para cultivo e/ou comércio da substância.
Ainda que tenha muita gente torcendo contra, é impossível que a Tailândia volte a estaca zero no tema maconha.
Claro que o 1º país da Ásia a liberar a cannabis passa por uma curva de aprendizado inédita e no caso deles, bastante autêntica, pra onde o mundo todo está olhando agora.
E é natural que o novo governo (conservador, ainda por cima) vai querer apitar nesse jogo. Mas como diz a antropóloga Luna Vargas, não é o fim da festa na Tailândia.
Estão apenas regulando o mercado que foi liberado sem muita regra, e é natural que essa regulação aconteça. O Brasil tem muito a aprender com a legalização da maconha na Tailândia, a melhor lição talvez seja essa: quem entra primeiro nessa indústria, se dá melhor.
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cannabis hoje feat mídia ninja
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gracias mil e até logo!
beijo,
anitinha